JOVENS NO BENGUÍ

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Algumas experiências marcam, algumas transformam… É só experimentar viver para descobrir os mistérios que a vida tem a nos ensinar. Ontem, fui a um fã-clube de tecno-brega, aqui mesmo no bairro do Benguí. Já era praxe a minha ida a este coletivo, porém agora seria numa “missão”. Antes de partir rumo ao meu destino naquela noite, conversei um pouco com alguns jovens que estavam frente à Paróquia onde atuo. De lá, segui com o Welton, a Andréa, o Dângelo e o Vando, também partiram para aquela direção e o último citado, iria para o mesmo lugar. Chegando lá, a galera ainda não tinha chegado, mas as poucos já via sinal de algumas pessoas pela esquina.
Resolvemos então, entrar na rua a esquina daquele local, e assistir um grupo de adolescentes que estavam ensaiando “fank”. Esse grupo surgiram a pouco, no período da festa da Escola Maria Luíza, que se situa também em nosso bairro. Depois, eu e o Vando fomos a um mercadinho, e compramos um pacotão de salgados e ficamos na esquina de onde ficava o local do ensaio, comendo. Ah! Deixa eu logo falar também, onde era esse ensaio: era num bar altos e baixo, conhecido com Terraço “Adema’s Bar”. Nas noites dos finais de semana, naquele local há freqüência massiva de muitos adolescentes e jovens que na grande maioria vão para ver os amigos e pra dançar.
Seguindo. Após o “lanche” subimos, pois o ensaio era na parte elevada daquele espaço. Dançamos, sorrimos, brincamos. A galera é animada e extrovertida.
Depois do ensaio houve algumas conversas assuntos internos deles e em seguida fui convidado a entrar na roda. Fiquei um pouco preocupado, pois o tempo que eu tinha era de meia hora e pra falar de DST/AIDS nesse curto tempo era complicado, então achei melhor só fazer uma conversa rápida sobre algumas realidades que a juventude perpassa em nosso bairro. Comecei me apresentando e falando um pouco sobre o perigo das doenças sexualmente transmissíveis. Na seqüência, falei também sobre a questão da criminalidade que estamos sendo vitimados no bairro e alguns cuidados que devemos tomar frente a essa situação; quase concluindo retornei na importância da preocupação ao sexo e a sexualidade. Houve poucas participações, mas para mim foram legais, pois é um pouco difícil ver essa galera se envolver em discutir alguma coisa, em plena 23 hs. da noite. No final, como eu tinha adquirido alguns preservativos, distribuir pra galera se prevenir e não dá mole pras DST’s.
Não sei o que as instituições eclesiásticas e eclesiais tem a falar, mas me desculpe, Medelín e Puebla pra mim foram e são importantes e necessárias cada vez mais à nossa América Latina, ou melhor para o mundo como um todo. É preciso a cada dia, descer mais da cruz os pobres e creio que perpassa por aí. Que o Deus da Vida possa fazer com que mais pessoas possam estar do lado dos empobrecidos, dos homossexuais e dos jovens.

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