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Sou motivado a partir do artigo introdutório de D. Pedro Casaldáliga, à Agenda Latino-Americana de 2008, intitulado: “A política morreu.. Viva a Política”. Neste, o bispo emérito de São Félix do Araguaia nos convida a refletir sobre a política que devemos extinguir (ou já está morta) com a Política que devemos cultivar. Numa analogia, quero resgatar no presente texto, a paixão que há certo tempo vem adormecendo em alguns corações, mas que permanece enquanto brasa, necessitando de um vento para que a chama possa reaparecer e aquecer novamente o coração.
É vivendo que descobrimos as dádivas que a vida nos dá. Ora, ainda que algumas pareçam “presentes de grego” como a expressão popular sugere, é necessário perceber o que se pode aprender em meio a estas situações. Negar “presentes” é recusar as possibilidades de amadurecimento que venham com o conjunto de situações que enfrentaremos. É o ciclo vital que nos ensina que é necessário não desistir do caminhar e muito menos, voltar para trás.
O contexto vivido, converge a algumas práticas não muito favoráveis as relações. O individualismo e o hedonismo se complementam nesta conjuntura, onde o auto-prazer deve ser imediato e constante, tendo forte impacto na vida dos(das) jovens. Com o sistema econômico vigente e uma mídia alienante, o querer “ter” e “estar”, vale mais que “ser”. Padrões de beleza interferem nas relações, onde a ternura e o saber cuidar, já não apresentam-se enquanto valores que mantêm a vida. “Sem o cuidado, o homem deixa de ser humano desestrutura-se, definha, perde o sentido e morre” (Saber Cuidar – Leonardo Boff, 1999).
Esta paixão é raiz de uma série de problemas sócio-ambientais e afetivos, causando fortes impactos em nossas vidas. Fazem partes das crises. Todavia, estas crises nascem também para que possamos analisar que paixão queremos nutrir. A Paixão ainda se faz presente, como expressa o poema “Madrugada Camponesa” de Tiago de Melo: “Faz escuro, mas eu canto!” Encontrar os rumos a que se quer seguir, é o desafio!
A Paixão viva, não se larga de suas raízes latinas (do verbo latino, patior, que significa sofrer ou suportar uma situação difícil), mas não se limita a este. É caminho para o amor, que requer a verdade e o respeito... Ela é o chão para o horizonte que se vislumbra nas utopias. A Paixão viva, une-se ao mistério do Criador e renova nossa esperança em outras relações possíveis.
E a vida se tece de sonhos, para que a gente se apaixone e/ou se Apaixone. Que a Paixão seja um dos grandes exercícios a nos convergir para o amor!
Sou motivado a partir do artigo introdutório de D. Pedro Casaldáliga, à Agenda Latino-Americana de 2008, intitulado: “A política morreu.. Viva a Política”. Neste, o bispo emérito de São Félix do Araguaia nos convida a refletir sobre a política que devemos extinguir (ou já está morta) com a Política que devemos cultivar. Numa analogia, quero resgatar no presente texto, a paixão que há certo tempo vem adormecendo em alguns corações, mas que permanece enquanto brasa, necessitando de um vento para que a chama possa reaparecer e aquecer novamente o coração.
É vivendo que descobrimos as dádivas que a vida nos dá. Ora, ainda que algumas pareçam “presentes de grego” como a expressão popular sugere, é necessário perceber o que se pode aprender em meio a estas situações. Negar “presentes” é recusar as possibilidades de amadurecimento que venham com o conjunto de situações que enfrentaremos. É o ciclo vital que nos ensina que é necessário não desistir do caminhar e muito menos, voltar para trás.
O contexto vivido, converge a algumas práticas não muito favoráveis as relações. O individualismo e o hedonismo se complementam nesta conjuntura, onde o auto-prazer deve ser imediato e constante, tendo forte impacto na vida dos(das) jovens. Com o sistema econômico vigente e uma mídia alienante, o querer “ter” e “estar”, vale mais que “ser”. Padrões de beleza interferem nas relações, onde a ternura e o saber cuidar, já não apresentam-se enquanto valores que mantêm a vida. “Sem o cuidado, o homem deixa de ser humano desestrutura-se, definha, perde o sentido e morre” (Saber Cuidar – Leonardo Boff, 1999).
Esta paixão é raiz de uma série de problemas sócio-ambientais e afetivos, causando fortes impactos em nossas vidas. Fazem partes das crises. Todavia, estas crises nascem também para que possamos analisar que paixão queremos nutrir. A Paixão ainda se faz presente, como expressa o poema “Madrugada Camponesa” de Tiago de Melo: “Faz escuro, mas eu canto!” Encontrar os rumos a que se quer seguir, é o desafio!
A Paixão viva, não se larga de suas raízes latinas (do verbo latino, patior, que significa sofrer ou suportar uma situação difícil), mas não se limita a este. É caminho para o amor, que requer a verdade e o respeito... Ela é o chão para o horizonte que se vislumbra nas utopias. A Paixão viva, une-se ao mistério do Criador e renova nossa esperança em outras relações possíveis.
E a vida se tece de sonhos, para que a gente se apaixone e/ou se Apaixone. Que a Paixão seja um dos grandes exercícios a nos convergir para o amor!
EDUARDO SOARES
Secretário da Pastoral da Juventude – Arquidiocese de Belém/Pa.
Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids - Pará.
Secretário da Pastoral da Juventude – Arquidiocese de Belém/Pa.
Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids - Pará.
2 comentários:
Concordo amigo "E a vida se tece de sonhos, para que a gente se apaixone e/ou se Apaixone. Que a Paixão seja um dos grandes exercícios a nos convergir para o amor!" Que prevaleça o amor na vida e nos sentimentos da nossa gente!
Allonny Waykawa
Editor do Blog Waykawa Pará
Meu caro Eduardo, muito feliz em teu artigo... realmente as paixões já não são como de outroras... e o que diremos do AMOR, então?
Diante de tantos sinais de morte, o sonho prevalece... junto ao desejo de vivermos grandes paixões transformadas em grandes amores,nas vidas de todos nós!
Muita fraternura pra ti!
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