UMA CHIQUITA, NADA BACANA

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Véspera do Círio de Nazaré, encerramento da 6ª edição do ENUDS... a cidade de Belém lotada em festa e o movimento GLBT reunido para o encerramento de sua atividade nacional e para mais uma Festa da Chiquita. Após insistir, fomos eu e meu companheiro rumo a Praça da República, onde se aglutinava a galera para curtir o show de drags e apresentações culturais. A praça estava “um luxo”! Gays, lésbicas e alguns bissexuais a beijar-se livremente, apesar de alguns olhares censuradores de alguns que por ali passavam. Nada que evitasse a continuidade dos afagos homoafetivos.

Caminhávamos com os amigos dele, parando, cumprimentando os/as amigos/as e conhecidos/as que encontrávamos, parando frente a uma tenda que fica na parte detrás do palco. Aliado a festa, ao rever gente bacana que faz parte de meu elo de amizades, a felicidade de te-lo em minha companhia completava aquela noite, ainda mais com a expectativa no aproximar do dia em que completaríamos um mês de namoro.

Na demora ao retornar para o lugar onde estávamos, fui ao seu encontro e em menos de dez passos, fui surpreendido: encontrei-o beijando outro cara! Fiquei confuso, magoado, irritado. Tentei manifestar indignação, raiva mas não adiantou. Depois, tentei fazer a política da boa vizinhança, num clima pacifico, mas meu coração sangrava que tal crueldade cometida a ele. Eu já estava na companhia de outras pessoas que havia conhecido naquele momento e que graças a Deus, permaneceram comigo naquela noite. As palavras do salmista, popularizada em uma canção não foram da boca pra fora quando dizia: “se lembrou de nós na humilhação” (Sl.135).

Por um momento, só vinha na memória o abalo e a lembrança dos bons momentos que curtimo-nos. No amanhecer, estimulado por uma vontade desconhecida, fui à sua casa. Ao chegar, fui surpreendido novamente: encontrei o cara com quem ele ficou, deitado sobre a cama que um dia dormimos abraçados. Tivemos um papo curto, tranqüilo, sem ofensas ou agressões. Retornei em seguida pra minha casa. Dois dias depois, nossa relação termina, justamente no dia em que eu esperava ansioso e festivo: o dia em que completaríamos um mês...

1 comentários:

Saulo disse...

Pow, nao tive a oportunidade de ir novamente na festa da chiquita...Fui ano retrasado e eu axei bacana...Sao coisas que nos nao vemos por ai,Todo tipo de gente,paqueras,musica e etc ,todos o gostos,enfim, Legal mesmo

flw!

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