CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA: PARA QUÊ?

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Na Região Metropolitana de Belém, pessoas entram e saem dos ônibus a vender, pedir, mendigar... Nas esquinas, crianças e adolescentes, manifestam sua arte por alguns trocados, é o seu “ganha pão”. Alguns, ou melhor, centenas de jovens entram e saem de lojas e empresas a procura de emprego. E se isso não basta, ainda temos uma série de adolescentes e jovens recrutados ao tráfico de drogas e a prostituição nas praças e ruas de Belém.

Enquanto isso, há “líderes” escolhidos/as pelo povo, para o povo. Muitos/as, preocupados em como extrair da Amazônia, até a última riqueza que esta dispõe. Via projetos ou corporações, estão ali com suas estratégias de politicagem sem dar a mínima para os povos da floresta ou para a ausência de políticas de saúde, de trabalho e educação... O desenvolvimento econômico atual, não leva em consideração a vida do planeta e quem nele habita. A periferia é a última a pegar as migalhas, que muitas vezes vem disfarçada de “responsabilidade social” e a primeira a sofrer com os impactos sócio-ambientais e a violência.

Há também pessoas se organizando em ONGs, Movimentos Sociais, Religiões... lutando por um outro desenvolvimento que ponha a vida do/no planeta acima do capital. Homens e mulheres defendendo “Gaia” e a dignidade humana. E é neste contexto, que as Igrejas Cristãs do CONIC, se unem em mais uma “Campanha da Fraternidade”. De caráter ecumênico, que denunciar profeticamente o capitalismo, sistema que possui como único propósito o lucro. Quer também anunciar propostas viáveis de economia popular solidária, visando também a propagação de um cultura de paz.

“Economia e Vida” precisa ser reflexão-ação para todos/as, unindo-nos no que é comum e no respeito à diversidade, por uma solidariedade que transforma, libertadora. “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (MT 6,24), ou estamos a serviço da vida ou da morte. Que a CFE seja nossa oportunidade de dialogar e partilhar, de anúncio e denúncia. Força viva de participação popular, inclusão e Paz.

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