Em solidariedade as travestis de Belém do Pará, Marcelo Carvalho
e companheiros/as LGBT na luta pela vida dos homossexuais.
e companheiros/as LGBT na luta pela vida dos homossexuais.
A poucos dias atrás a CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – propõe a Igreja e a sociedade o debate em torno da violência, através da Campanha da Fraternidade (CF) cujo tema é: “Fraternidade e Segurança Pública e Lema: A paz é fruto da Justiça”. Algumas pastorais atualmente tem desenvolvido algumas ações proféticas no que diz respeito a defesa dos direitos de alguns grupos que sofrem com o empobrecimento social presente hoje não só nas ruas da periferia, mas estampado em muitas esquinas onde o tráfico, a exploração infantil e a prostituição estão estampados a qualquer hora do dia. Por estas ruas passam pobres e ricos, os passageiros do ônibus e pedestres, juntamente com aqueles/as que detém de algum veículo próprio para sua locomoção, são expectadores de um cenário que está afastando a humanidade de alcançar dignidade.Fico pensando naquilo que o Pe. Vanzella nos falava que se a gente resumir as discussões e ações da CF somente aos que vão pra Igreja, não obteríamos nem a metade dos objetivos realizados. Mais do que nunca católicos ou não precisamos fazer alguma coisa que não seja gerar mais violência, mas combatê-la.
Ontem, 12 de março, estampam-se em alguns jornais do Estado do Pará uma parte do que muitos homossexuais sofrem. Claro que muitas mídias não se preocuparam em apresentar a realidade daqueles/as travestis, mas vou tentar colocar nestas linhas algumas coisas que já vi, vivi e acumulei no meu baú de histórias da vida real de LGBT. Pedras, paus, cacos de telha e de tijolo, garrafas de plástico ou de vidro, sacos com urina, fezes ou outra coisa do gênero, e mais o que você imaginar, já foram atirados em homossexuais. Por quê? Homofobia. O que gerou? A cada casa é um caso. O fato é que ninguém nasce violento e as pessoas adquirem isso no decorrer de seu “desenvolvimento”, naquilo que Paulo Freire nos dizia: "ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, as pessoas se educam entre si, mediatizadas pelo mundo". Num mundo onde historicamente condena a homossexualidade, desde os espaços que estão desde sua infância até a sua vida adulta, estes/as vivem, de forma clandestina ou não, uma vida de opressão e de desprezo. Bendito seja os grupos pela livre diversidade sexual que pipocam pelo Brasil e se unem pela aprovação do PL 122/06 que criminaliza a toda forma de violência contra homossexuais. Claro que isso não quer ser uma instrumento que dará o direito de qualquer LGBT fazer o que bem entender, mas lhe dará pelo menos uma garantia de direito de se manifestar contra os abusos que vem sofrendo de geração a geração homoafetiva.
Ontem, 12 de março, estampam-se em alguns jornais do Estado do Pará uma parte do que muitos homossexuais sofrem. Claro que muitas mídias não se preocuparam em apresentar a realidade daqueles/as travestis, mas vou tentar colocar nestas linhas algumas coisas que já vi, vivi e acumulei no meu baú de histórias da vida real de LGBT. Pedras, paus, cacos de telha e de tijolo, garrafas de plástico ou de vidro, sacos com urina, fezes ou outra coisa do gênero, e mais o que você imaginar, já foram atirados em homossexuais. Por quê? Homofobia. O que gerou? A cada casa é um caso. O fato é que ninguém nasce violento e as pessoas adquirem isso no decorrer de seu “desenvolvimento”, naquilo que Paulo Freire nos dizia: "ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, as pessoas se educam entre si, mediatizadas pelo mundo". Num mundo onde historicamente condena a homossexualidade, desde os espaços que estão desde sua infância até a sua vida adulta, estes/as vivem, de forma clandestina ou não, uma vida de opressão e de desprezo. Bendito seja os grupos pela livre diversidade sexual que pipocam pelo Brasil e se unem pela aprovação do PL 122/06 que criminaliza a toda forma de violência contra homossexuais. Claro que isso não quer ser uma instrumento que dará o direito de qualquer LGBT fazer o que bem entender, mas lhe dará pelo menos uma garantia de direito de se manifestar contra os abusos que vem sofrendo de geração a geração homoafetiva.
Não estou querendo tapar o sol com o paneiro, nem justificar algumas atitudes antiéticas tanto para a maioria ou somente para alguns grupos. Mas externar que nem sempre a violência consegue responder a nossos anseios e parabenizar Marcelo e os demais representantes do Movimento GLBT do Pará pela intervenção. Me reportou a um trecho bíblico que relata quando Jesus ao ser preso, um dos que estavam com ele, puxou a espada e cortou a orelha de um servo do sumo sacerdote e Jesus pede para que este guardasse sua espada (Mt 26, 46-47). A atitude de Marcelo e demais companheiros/as e a de Jesus nos ensinam um jeito de combater a violência, mas que requer coragem profética de denunciar aquilo que impede com que todos/as tenham vida em abundância e anunciar um novo modo de promover a cultura da paz.
Assim como a prostituição tem outros fatores que muitas vezes impõe determinado grupo de pessoas, principalmente jovens da periferia, a buscar esta forma de geração de renda, a violência contra homossexuais também tem outros fatores que levam muitos/as a cometer este tipo de atitude. No mesmo dia em que João Paulo II, num gesto inédito, coincidentemente 12 de março de 2000, pede o perdão de Deus pelos pecados da Igreja Católica cometidos através dos anos contra judeus, mulheres e minorias, eu, leigo católico, me uno a seu pedido, em especial pela violência e sua legitimação cometido por muitos/as cristãos/ãs a LGBT. “Felizes os que tem fome e sede de justiça, porque serão saciados” (Mt 5,6) e “Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9).
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